Ele foi um dos principais compositores de músicas de protesto durante a Ditadura Militar, e ao mesmo trouxe novas influências para a nossa música. Do reggae aos Beatles, Gil dava importância a todos os estilos que os jovens ouviam naquela época, e por isso foi muito criticado pelos estudantes linha dura de dentro e de fora da MPB. Quase 45 anos depois, suas obras tão desprezadas por esses grupos ainda fazem parte da nossa cultura, ele é considerado um gênio da MPB e músicas tão polêmicas como Soy Loco Por Ti América ainda são reverenciadas.
Composta na segunda metade da década
de 1960 por Gilberto Gil, José Carlos Capinam e Torquato Neto, a música fez
parte do repertório do movimento tropicalista, que se destacou bastante no
Brasil entre Outubro de 1967 e Dezembro de 1968. O Tropicalismo acabou perdendo
sua força inicial após o endurecimento do regime militar por conta do AI5, que
teve com uma das consequências a prisão dos principais líderes do movimento, Caetano
Veloso e Gilberto Gil.
Entretanto, antes desse desfecho
trágico da Tropicália (outra forma de se chamar o movimento), Caetano Veloso fez
um enorme sucesso ao lançar seu primeiro LP, em 1968, do qual Soy Loco Por Ti
América fazia parte (aliás, a música foi composta para ele interpretar). No mesmo
ano, a música fez parte do filme Viagem ao Fim do Mundo, de Fernando Campos.
Além do título em espanhol, a canção também conta com alguns trechos nesse
idioma, sendo uma das primeiras músicas com letra em “portunhol”.
Em 1987, por conta dos 20 anos do
início do movimento tropicalista, Gil gravou um disco com músicas do tempo em que
estava exilado, regravando Soy Loco Por
Ti América, que também era o nome do álbum.
Em 2005, a música foi o tema
de abertura da 2ª fase de uma novela exibida pela Rede Globo, América, de Glória
Perez. Desta vez, a música foi interpretada por Ivete Sangalo.
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