Águas de Março
O vídeo abaixo mostra a antológica interpretação de Águas de Março por Elis Regina e Tom Jobim no Fantástico, em 20 de Outubro de 1974.
No dia em que Tom Jobim faria 85
anos, eu não poderia escolher outra música que não fosse Águas de Março para
falar, até porque, com o perdão do trocadilho, ela foi um divisor de águas na
carreira de Elis.
Curiosamente, essa música foi
composta numa época em que Tom Jobim estava depressivo, por conta da perseguição
política que sofreu após se retirar, juntamente com os principais compositores
da época, do sexto Festival Internacional da Canção, o FIC, organizado pela
Rede Globo, que desde aquela época tinha relações muito boas com a Ditadura
Militar. Além disso, ele também achava que mais ninguém ouvia seus discos.
O esboço do que se tornaria a
grande Águas de Março começou a ser feito no sítio de Tom, que ficava na Região
Serrana do Rio de Janeiro. A letra definitiva terminou de feita quando ele voltou
ao Rio, em apenas uma tarde.
A música, que teve várias versões
tanto no Brasil quanto no exterior, foi eleita como a melhor canção brasileira
de todos os tempos, em pesquisa conduzida pela Folha de S. Paulo em 2001 e ficou
com o segundo lugar na pesquisa realizada pela edição brasileira da revista
Rolling Stone em 2009, cujo primeiro lugar foi dado à música Construção, de
Chico Buarque.
Elis Regina gravou Águas de Março
inicialmente em seu compacto simples de 1972, e a música também fez parte do
repertório do LP Elis, também de 72. Dois anos mais tarde, ela e Tom Jobim
gravaram em Los Angeles o antológico LP Elis & Tom, em comemoração aos 10
anos de Elis Regina na gravadora Philips, no qual Águas de Março não poderia
deixar de ser a primeira faixa.
O clássico Águas de Março, que ficou marcado pela
interpretação desses dois gigantes da MPB, esteve em cinco LPs e um compacto de
Elis Regina durante a década de 1970.
O vídeo abaixo mostra a antológica interpretação de Águas de Março por Elis Regina e Tom Jobim no Fantástico, em 20 de Outubro de 1974.
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